segunda-feira, 25 de maio de 2009

Idas

Idas

O espaço era pequeno para tanto retalho
A cabeça era pequena para tanto sonho
Foi de verdade que se acabou o que não havia
Foi uma sorte grande não querer mais insistir
Mesmo que eu tivesse um certo temor
Mesmo que a coragem estivesse longe
A jangada errada não funciona
O vento sopra p'ra levar as folhas,
mas leva muita coisa junto
Levo então à outro espaço os meus pedaços
Faço então uma limpeza nas memórias
Te deixo uma esperança vã
Vai se acabar com ou sem verdade

(julho/2008)

Um comentário:

paulo calvet disse...

Nas minhas madrugadas insones fico dividido entre tocar e cantar Cartola ao violão ou escrever à máquina.
Às vezes faço as duas coisas.
Minha máquina de escrever é uma dama caprichosa, não aceita qualquer coisa. Ela faz comigo o impossível: acabo pensando um pouco ao escrever...


(pscalvet@hotmail.com, se quiseres delongar essas conversas)