domingo, 20 de setembro de 2009

domingos e seus nadas

A Tristeza do Rei, 1952 - Henri Matisse
Há dias que valem serem perdidos pra fazer nada...
Ou que esse nada vire uma análise de uma obra qualquer.
A minha preferida de Matisse é A Tristeza do Rei (que faz uma referência a "Saul und David" de Rembrandt) e é uma espécie de auto retrato onde ele é a forma negra e o que o rodeia simboliza o importante que passou na sua vida, já na velhice.
Gosto de cores.
Admiro Henri!

domingo, 13 de setembro de 2009

personas

César - 02
- Caindo aos pedaços!, disse ele quando lhe perguntaram da casa do pai.
Havia estado lá, e ficou com a impressão de não ter saído, mesmo depois de ir embora.O pai preferia viver só. Seus três irmãos e ele já haviam entendido isso. E o velho só definhava.
Era estranho o que passava pela mente de César quando ele foi dormir naquele dia.
Não sentia cansaço. Não sentia as mãos também, talvez por vergonha.
Vergonha por um dia ter desejado segurar o mundo inteiro com elas, vergonha por depender delas pra não passar fome. Vergonha por olhá-las e não ver aliança, posses, ou até mesmo um filho. Vergonha por ter perdido seu passado imaginando seu futuro firme.
Ainda assim, foram aquelas mãos que seu pai beijara ao abençoá-lo aquele dia.
Naquela noite César sentiu que o ser humano é mesmo muito competente quando quer diminuir-se ou confundir-se.

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Data: -/entretrabalhos/-
De todos os lugares que passei, aquele me pareceu o melhor. Eu andava sem noção nenhuma do que via, me surgia de repente o menos esperado. Cachorro, pipoqueiro, crianças e até casais.
Surgiu tudo e nada, e luz e vazio.
Sempre eu sonhava assim. Acordada, perdida, no meio de uma situação que exigia minha atenção total. E eu? Eu suspirava e voltava a provar mais um vestido de noiva...
Eu nunca me casei.
Eu sempre vou a restaurantes

Catarina