Cirandas
Fora do rádio ou dentro do avião
a música toca e embala e preenche tudo
A música inunda, resgata lembranças,
faz balbuciar antigos diálogos
Com a música vê-se aquele rosto,
pensa-se sentir o cheiro...
Que na verdade é só vontade de sentir
Confinado a escutar a música qualquer um está
Decidir ouvi-la ou não depende,
depende do quanto se entregou dos olhos no que já passou
A música acalma, maltrata, dá felicidade e melancolia
A música que toca e retoca são os sentimenos maiores
brincando de roda com a memória
E o lembrar é uma criança de canto que vê a roda
e morre de vontade de cirandar...
(dez/2008)
Fora do rádio ou dentro do avião
a música toca e embala e preenche tudo
A música inunda, resgata lembranças,
faz balbuciar antigos diálogos
Com a música vê-se aquele rosto,
pensa-se sentir o cheiro...
Que na verdade é só vontade de sentir
Confinado a escutar a música qualquer um está
Decidir ouvi-la ou não depende,
depende do quanto se entregou dos olhos no que já passou
A música acalma, maltrata, dá felicidade e melancolia
A música que toca e retoca são os sentimenos maiores
brincando de roda com a memória
E o lembrar é uma criança de canto que vê a roda
e morre de vontade de cirandar...
(dez/2008)
Um comentário:
As palavras também cirandam, mas o cirandar das palavras não é bidimensional: é onidimensional.
Entretanto existem cantos intocáveis às palavras, lá elas se enamoram e entretecem um outro algo, algo de novo e bom...
Não disse nada com nada?!
Bom, isso é bom...
O cirandar das palavras (posso dizer?) é trampolim.
Onde se cai?!
Isso já é outra coisa...
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